Iphan aprova tombamento do centro histórico de Manaus

Decisão faz parte da política do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional de ampliar as áreas protegidas em todo o país


Mauricio Lima

Fonte: www.piniweb.com.br




Clovis Miranda
Largo de São Sebastião, parte do centro histórico
O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, reunido na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), decidiu, na última quinta-feira (26), aprovar o tombamento da região do centro histórico de Manaus (AM), importante espaço durante o período da borracha, entre o final do século XIX e o início do século XX.

De acordo com o Iphan, a área compreendida entre a orla do Rio Negro e o entorno do Teatro Amazonas é a que ainda mantém os aspectos simbólicos e densos de realizações artístico-construtivas. "A preservação deste núcleo, que configura o coração urbano da cidade, garante a manutenção de seu patrimônio singular e integro, e inclui Manaus no rol das cidades históricas do Brasil", diz o instituto.

A cidade de Manaus começou a se expandir a partir de 1892, quando o governo decidiu planejar e organizar o crescimento do município. Foram criados os serviços de transporte coletivo de bondes elétricos, telefonia, eletricidade e água encanada, além de um porto flutuante, que passou a receber navios de diversas bandeiras.

"A metrópole da borracha, nos anos de 1900, abrigava uma população de 20 mil habitantes, em suas ruas retas e longas, calçadas com granito e pedras de liós importadas de Portugal, praças e jardins exuberantes, fontes, monumentos e o suntuoso Teatro Amazonas", relata o Iphan.

O instituto afirma que a maioria dos imóveis que restaram daquela época está entre a Avenida Eduardo Ribeiro e a Rua Leonardo Malcher. Ainda existem também o traçado urbano do núcleo colonial e alguns edifícios ecléticos na região.

"A cidade pode ser vista como um espaço urbano composto por monumentos, arquitetura corrente e áreas livres públicas, formando um conjunto que celebra e representa o ecletismo no norte do país, o que justifica o pedido de tombamento com a inscrição no Livro de Tombo Histórico e no Livro de Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico", diz o instituto.
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