Premiação Anual do Instituto de Arquitetos do Brasil escolheu trabalhos de destaque em edificações, arquitetura de interiores e design, urbanismo e paisagismo, patrimônio cultural e produção teórica
Kelly Carvalho
O IAB-RJ (Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento Rio de Janeiro) divulgou o resultado de sua 49ª Premiação Anual, que nesta edição contemplou projetos de cinco categorias, além do Prêmio Especial IAB-RJ 2011, disputado entre os vencedores.
Foram contemplados projetos nas categorias edificações, arquitetura de interiores e design, urbanismo e paisagismo, patrimônio cultural e produção teórica. A arquiteta Lia Siqueira levou o prêmio especial, e uma viagem de uma semana para um país europeu de livre escolha.
A comissão julgadora foi formada pelos arquitetos Demetre Anastassakis (presidente), Ana Luiza Petrik, Cêça Guimaraens, Eduardo Cotrim Guimarães, Luiz Fernando Freitas e Ricardo Villar.
Confira os vencedores e menções honrosas:
CATEGORIA EDIFICAÇÕES
Prêmio: Edifício INTO - Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia
Autores: Rodrigo Sambaquy, Aníbal Sabrosa e Flavio Kelner
Projetado pelo escritório H.Midlin no final da década de 70, a estrutura original - racional e elegante - do edifício da antiga sede do Jornal do Brasil foi fundamental para adaptar o prédio às necessidades médicas. Nele foi possível instalar toda a área de internação, centro cirúrgico, centros de tratamento intensivo é área de imagem, além da administração no último pavimento.
Os arquitetos premiados mantiveram o grande saguão como acesso de visitantes. No local, foi possível restaurar um painel em concreto e massa do artista Athos Bulcão, às suas formas e cores originais.
As fachadas também foram restauradas com concreto aparente e balcões em massa branca, bem como as antigas portas de cor amarelada, das fachadas leste e oeste. A maior intervenção ficou por conta da adição à fachada sul (voltada para a Baía de Guanabara) de duas novas construções, em vidro reflexivo de dois tons, que abrigam as novas e necessárias circulações verticais, e suas áreas de escapes de pacientes.
Menção honrosa: Edifício Alvar Aalto
Os arquitetos premiados mantiveram o grande saguão como acesso de visitantes. No local, foi possível restaurar um painel em concreto e massa do artista Athos Bulcão, às suas formas e cores originais.
As fachadas também foram restauradas com concreto aparente e balcões em massa branca, bem como as antigas portas de cor amarelada, das fachadas leste e oeste. A maior intervenção ficou por conta da adição à fachada sul (voltada para a Baía de Guanabara) de duas novas construções, em vidro reflexivo de dois tons, que abrigam as novas e necessárias circulações verticais, e suas áreas de escapes de pacientes.
Menção honrosa: Edifício Alvar Aalto
Autores: Rafalel Borelli e Carlos Eduardo Calmon D. Almeida
Para o lote onde se localiza o edifício, no bairro jardim Botânico, permitia-se construir até três pavimentos acima do térreo. A volumetria, definida pelo gabarito permitido na legislação e o tamanho do terreno, permitiram uma aproximação maior dos apartamentos com a escala da rua, já que, em função de seu pequeno porte, não apresenta pavimento de uso comum ou garagem entre o térreo e o primeiro apartamento, como a maior parte de seus vizinhos.
Os arquitetos buscaram enfatizar o volume simples e compacto e usar elementos construtivos e materiais que remetessem a uma casa verticalizada, com texturas fortes, mas um ar contemporâneo e urbano, valorizando o aspecto de tranqüilidade da rua e a relação com a escala do pedestre, ainda presente, felizmente, no bairro.
A proximidade entre as varandas e a rua sugeriu uma solução de fachada que proporcionasse ao mesmo tempo contato e privacidade. Os arquitetos fizeram uma reinterpretação de dois elementos construtivos vernaculares, as venezianas e o fechamento dos balcões (feitos na arquitetura colonial com treliças de madeira, configurando o muxarabi). No edifício, esses elementos foram reproduzidos nas laterais das varandas em escala ampliada, por meio de brises horizontais reguláveis, que permitem o controle da entrada de luz e da privacidade, além de conferirem movimento à fachada.
Os arquitetos buscaram enfatizar o volume simples e compacto e usar elementos construtivos e materiais que remetessem a uma casa verticalizada, com texturas fortes, mas um ar contemporâneo e urbano, valorizando o aspecto de tranqüilidade da rua e a relação com a escala do pedestre, ainda presente, felizmente, no bairro.
A proximidade entre as varandas e a rua sugeriu uma solução de fachada que proporcionasse ao mesmo tempo contato e privacidade. Os arquitetos fizeram uma reinterpretação de dois elementos construtivos vernaculares, as venezianas e o fechamento dos balcões (feitos na arquitetura colonial com treliças de madeira, configurando o muxarabi). No edifício, esses elementos foram reproduzidos nas laterais das varandas em escala ampliada, por meio de brises horizontais reguláveis, que permitem o controle da entrada de luz e da privacidade, além de conferirem movimento à fachada.
Menção honrosa: Edifício comercial Vinicius
Autores: Sergio Conde Caldas, João de Sousa Machado e Laura Esmiralha
No coração do bairro de Ipanema, em uma esquina icônica, a sede do Grupo Sadala combina concreto e vidro.
CATEGORIA ARQUITETURA DE INTERIORES E DESIGN
Prêmio: Biblioteca
Autora: Lia Siqueira
CATEGORIA ARQUITETURA DE INTERIORES E DESIGN
Prêmio: Biblioteca
Autora: Lia Siqueira
O projeto, em uma construção existente com três pavimentos, previu um espaço para abrigar uma biblioteca com 10 mil exemplares. A verticalidade permitiu a entrada da iluminação e ventilação diretas e através da malha horizontal, a ventilação cruzada.
A utilização da estrutura metálica viabilizou peças mais esbeltas e leves, permitindo uma linguagem contínua no plano vertical e a visualização das prateleiras como um único conjunto no triplo vão. A presença da madeira natural na horizontalidade junto ao branco da madeira pintada na verticalidade reforça o desenho do conjunto marcado pelos planos.
CATEGORIA URBANISMO E PAISAGISMO
A utilização da estrutura metálica viabilizou peças mais esbeltas e leves, permitindo uma linguagem contínua no plano vertical e a visualização das prateleiras como um único conjunto no triplo vão. A presença da madeira natural na horizontalidade junto ao branco da madeira pintada na verticalidade reforça o desenho do conjunto marcado pelos planos.
CATEGORIA URBANISMO E PAISAGISMO
Menção honrosa: Ponte Sul do Canal do Fundão
Autor: Alexandre Chan
A montagem de tabuleiros em balanços sucessivos para a Ponte Sul do Canal do fundão foi a solução encontrada pela eliminação de pilares no meio hídrico. Afastada a solução bi-apoiada pela escassez de terreno hábil e seco para grandes pilares na margem continental, restou o apoio único no lado ilha.
A reduzida largura e peso da pista, com apenas duas faixas no mesmo sentido, induz à adoção de plano central e único de estais. Quinze estais frontais em formato leque-harpa em plano único vertical e central são contrabalançados em parte por três pares de estais traseiros em plano duplo, ancorados em blocos de concreto.
CATEGORIA PATRIMÔNIO CULTURAL
A reduzida largura e peso da pista, com apenas duas faixas no mesmo sentido, induz à adoção de plano central e único de estais. Quinze estais frontais em formato leque-harpa em plano único vertical e central são contrabalançados em parte por três pares de estais traseiros em plano duplo, ancorados em blocos de concreto.
CATEGORIA PATRIMÔNIO CULTURAL
Prêmio: Edifício Sul América
Autores: Fernando Pinheiro Monte Filho e Alessandra Nascimento de Lima
No ano de 2008, o histórico edifício sede da Companhia de Seguros Sul América se encontrava em processo de desocupação. A edificação de 29 mil m² foi construída em várias etapas, de 1922 à meados de 1960 e se encontrava totalmente adaptada para o uso específico da Companhia de Seguros Sul América. O interior da edificação, bem como as fachadas, estavam deterioradas pelo tempo.
A proposta desenvolvida buscou aliar a organização dos espaços aos usos de um moderno edifício corporativo incluindo uma galeria de lojas, que além de servir à comercialização dos espaços do térreo, permitirá ao público em geral vivenciar a arquitetura do edifício, até então tida totalmente de espaços privados. O lobby de acesso recebeu painéis restaurados do escultor H. Leão Velloso. Este ambiente recebeu no piso o mármore Arabescato, amplamente encontrado nas fases originais de construção.
O conceito adotado para os pavimentos de escritório é de um núcleo de serviços e área comum centralizado e otimizado. Os halls de elevadores foram dotados de iluminação indireta e revestimentos sóbrios. Foram projetados sanitários centralizados e com galerias técnicas devido à facilidade de manutenção e menor interferência na laje existente com a redução do número de aberturas necessárias. O pavimento é dotado de piso elevado, o que levou a um estudo do detalhamento das esquadrias existentes em madeira para adequação do novo nível proposto.
CATEGORIA PRODUÇÃO TEÓRICA
A proposta desenvolvida buscou aliar a organização dos espaços aos usos de um moderno edifício corporativo incluindo uma galeria de lojas, que além de servir à comercialização dos espaços do térreo, permitirá ao público em geral vivenciar a arquitetura do edifício, até então tida totalmente de espaços privados. O lobby de acesso recebeu painéis restaurados do escultor H. Leão Velloso. Este ambiente recebeu no piso o mármore Arabescato, amplamente encontrado nas fases originais de construção.
O conceito adotado para os pavimentos de escritório é de um núcleo de serviços e área comum centralizado e otimizado. Os halls de elevadores foram dotados de iluminação indireta e revestimentos sóbrios. Foram projetados sanitários centralizados e com galerias técnicas devido à facilidade de manutenção e menor interferência na laje existente com a redução do número de aberturas necessárias. O pavimento é dotado de piso elevado, o que levou a um estudo do detalhamento das esquadrias existentes em madeira para adequação do novo nível proposto.
CATEGORIA PRODUÇÃO TEÓRICA
Prêmio: Metodologia e Tecnologia na Área de Manutenção e Conservação de bens edificados Autores: Maria Cristina Coelho Duarte, Marcos Jose de A. Pinheiro, Bettina Collaro, Márcia Lopes Franqueira e Débora Lopes