Edifício modernista é remodelado para abrigar nova sede do Museu do Design de Londres


Projeto do arquiteto John Pawson substitui estrutura e pisos, mas preserva a cobertura de cobre em formato parabolóide hiperbólico


Nilbberth Silva, da redação da revista AU
Fonte: www.piniweb.com.br

O Museu do Design de Londres divulgou o projeto para sua nova sede: uma remodelação do prédio do Commonwealth Institute. Protegido pelo patrimônio histórico inglês, o edifício é considerado exemplo de arquitetura britânica do pós-guerra. Destaca-se no prédio a cobertura de cobre em formato parabolóide hiperbólico.


Divulgação: Alex Morris Visualisation

O edifício foi projetado pelo escritório Roberth Matthews Johnson Marshal e construído em 1962 para ser um instituto educacional.  Já a remodelação tem projeto do arquiteto John Pawson, que preserva a cobertura, mas substitui a estrutura e cria novos pisos e um subsolo.

O programa está distribuído em cinco pisos, que somam 10 mil m². Os dois pisos acima do térreo têm aberturas para permitir enxergar a cobertura a partir dos pisos inferiores.  Os arquitetos adaptaram a ideia do projeto original, também com aberturas nos pisos superiores.

Os arquitetos pretendem que o museu ofereça uma experiência visual dinâmica. Ao entrar, o visitante é logo atraído pela cobertura. Quando chega ao mezanino do edifício, consegue contemplar todo o prédio - novamente, uma ideia presente no projeto original. E o prédio é emoldurado de maneiras diferentes enquanto o visitante sobe pelas escadarias ao redor do vazio central.

Para reforçar a horizontalidade das novas lajes, Pawson especificou acabamento branco, que contrasta com as paredes de madeira e define os volumes do segundo e terceiro pisos. O arquiteto reforça a impressão distribuindo volumes como o elevador, na periferia do prédio.

Para conseguir manter a cobertura ao mesmo tempo em que muda a estrutura, a empresa de engenharia Arup planeja construir estacas, vigas e treliças temporárias. Quando a nova estrutura estiver pronta, os suportes temporários serão removidos. Começa então o trabalho de adequação do interior ao programa do museu. 

"Ao fazer esse legado para gerações futuras estamos salvando um trabalho de arquitetura icônica. Espero que o resultado demonstre que não é necessário demolir edifícios antigos para fazer novos espaços públicos", afirma Pawson.

A remodelação deve ser concluída em 2014, quando o edifício integrará o quarteirão cultural do bairro de Kesignton. Na área existem espaços como o Museu de História Natural, o Royal College of Art e a Serpentine Gallery. A área residencial ao redor tem masterplan do escritório OMA.


Divulgação: Alex Morris Visualisation

Divulgação: Alex Morris Visualisation

Divulgação: Alex Morris Visualisation

Luke Hayes
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